sábado, 12 de maio de 2012

Sonetos ao Dia das Mães




Soneto às Mães
    (Infância)
                                            (à Edite Dantas)

Lembranças, pedaços da vida
onde guardamos a infância querida!

Alegra-me lembrar inda criança
à tarde o sol longe, já sem brilho,
minha mãe, rosto vivo na lembrança,
cabelo preso, laço no fitilho,

gritava meu nome à brisa mansa,
aquela voz que a mãe chama seu filho;
eu corria, no meu mundo d´esperança,
escutando sua voz num estribilho.

A noite, tinta negra derramada,
escorria no cariz do céu distante,
apagando a tocha luminante.

Os vultos eram bichos na estrada!
-Mãe, eu fugia com o medo nos passos
e, sem fôlego, eu caía nos seus braços...!



Soneto às mães


     Onde encontrar paz e amor eterno
senão no aconchego do seio materno?

Ouçam as mães dos homens que vão à guerra
suas vozes têm o poder da razão
o que elas dizem é bala que não erra
atinge em cheio o centro do coração.

Guardam as mães o dom da premonição
lutam sem armas se o pano descerra;
quebram os dogmas da transformação
as mães são os anjos da paz na terra!

Jamais desprezem o que elas têm a dizer.
Elas são uma bíblia de ensinamento
morrem por nós desde o nascimento.

Ouçam suas mães senhores do poder!
Tal qual o sol e as estrelas mais belas
antes de nascermos o mundo era delas!

Inácio Dantas
http://i-livros.blogspot.com/

2 comentários:

  1. Parabéns pelo soneto, aliás
    pelo conteúdo do blog inteiro!

    Grande abraço

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    1. Bruno,

      Grato pelas palavras de incentivo. Abraço fraterno e visite sempre aqui, o nosso Blog!

      Inácio Dantas

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