domingo, 22 de janeiro de 2012

Poemas (letras de músicas)



Acorda-me

Acorda-me
Acorda-me aos pés da cama
Sussurrando em meus ouvidos que me ama
Acorda-me

Acorda-me
Diz que o meu beijo tem cor e sabor
Que foi chuva de estrelas o nosso amor
Que eu dou aquilo que você quer

Vem, olha em meus olhos e depois me diz
Que nenhum outro te fez tão feliz
Que você é minha mulher

Ah...
Naveguei a noite inteira com você                                          
mergulhei nas ondas loucas do prazer                                         
Feliz, adormeci no meu cansaço                                                  

Agora que a noite foi embora                                                      
Na janela o sol lá fora                                                                     
Me desperta nos seus braços                                                     

Acorda-me
Traz um café bem quente pra nós dois
Abre as cortinas, deixa tudo pra depois
Se aconchega no meu peito

Vem, te amar de novo é tudo que preciso
Abre as portas do teu paraíso
Na maciez do nosso leito...




    Jogo do Amor

/   Meu Deus onde foi que eu errei
    Diz pra mim que eu não sei
    Que pecado cometi
 
    Amar é um jogo meu Senhor
    Pra ter no peito um amor
\   Já chorei e já sofri

  (Refrão)

Rolei os dados na mesa, bacará, vinte e um
Bem-vinda a sorte, quero ser vencedor
Aposto dobrado e se ganho algum
É sorte no jogo e azar no amor

Quero a felicidade, apostei minha vida
A roleta do amor é o meu coração
Perdi as fichas, não tenho saída
Entrego pra outro a minha paixão

(Refrão)

Se perder esse amor, for o meu destino
Vou jogar de novo e tentar outro alguém  
A vida da gente é um grande cassino
E no jogo do amor ninguém é de ninguém

Se amar é sagrado, onde foi que eu pequei
Pois viver sem amor é uma grande ilusão
Senhor me perdoa se acaso errei
Errei por amor e mereço perdão.





     Poema Para Ana

Ana,
eu amo você
Que brincadeira é essa
De se esconder

Ana,
o meu mundo é o seu
Vamos viver lado a lado
O amor que Deus nos deu.

Foges de mim, nem ouço os teus passos
Desaparece assim, como um anjo no espaço
Não sinto o perfume, nem deixa sinal

Choro sozinho, morrendo aos poucos
Pensando em você nos braços de outro
Fazendo com ele o maior carnaval...

Me diz onde vai que nunca te vejo
Não brinque de gato e rato com o meu coração
Não despreze, menina, o poder do desejo
Ou será luta inglória a nossa paixão

Jura pra mim que é só brincadeira
Que você vai ao shopping pegar um cinema
Ou tomar um sorvete com os nossos amigos

Fala a verdade que não tem mais ninguém
Que o meu amor em você não corre perigo
E volta logo pra casa pra ficar comigo...

     Inácio Dantas

sábado, 7 de janeiro de 2012

Três sonetos numa tarde de sábado...



         Soneto para Paula
              (Âmago)

Amor que eu amo, amor que me conforta.
Esplêndido. Doce. Amor que me redime.
Amor febril, que apaga a luz e fecha a porta,
que dorme comigo e se faz sublime.

Amor benfazejo, que não se reprime,
que dá-se inteiro e não se importa;
que me faz morrer sem cometer crime
e dá  vida ao prazer até  quase morta.

Amor infinito, amor imemorial,
que faz o momento um eterno segundo
que até  me quer bem quando me quer mal.

Amor que transborda, amor superior.
Frágil, viril, imenso, largo, profundo,
nascido do ventre do próprio amor !




    Soneto para Nathália
          (Até logo)

“Nunca mais...”  Isso pra mim não é resposta
nem argumento que me satisfaça
há sempre um sol nos olhos de quem gosta
e vida longa quanto mais o tempo passa.

“Nunca mais...” O desafio lhe faz disposta
mesmo que em erros tudo se desfaça.
Quer deixar-me? Tente,  faça sua aposta,
mas se vencer do amor não ergue a taça.

Pense bem, amar não rima com sofrer.
Jamais se deixa quem ama de verdade
por aventuras que nos traz a liberdade.

“Nunca mais...” Isso não se diz a bel prazer.
Fique. Não deixe o meu amor, eu lhe rogo,
despedida de quem ama é “até logo”.




     Soneto para Marília
     (A estrela de Marília)

Guardo na boca o beijo de Marília
um beijo ganhado num ato fortuito:
Foi prata da lua banhando uma ilha
o sol explodindo em curto-circuito.

Guardo esse beijo sabor-maravilha
pois me vale milhões por ser gratuito.
Qual outra boca, que não  a de Marília,
de um beijo o calor pude ter muito ?

Levo essa emoção que me leva avante:
Com ela estou, que ela está comigo,
e segue pra sempre por onde eu sigo.

Agora, abro a lembrança a todo instante:
-Marquei no céu uma estrela que brilha
 e pus dentro dela o beijo de Marília !

     Inácio Dantas
     (do livro de sonetos © “Janela para o Mar”)

    Temas relacionados (Sonetos ao cair da noite):

    Temas adicionais (Semeando dias felizes):