segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Soneto para o amanhã...



            Crástino

 Só o fruto do amor
guarda a semente da eternidade!

Vi as túrgidas mãos da minha morte
empurrar-me num abismo profundo
ergui-me, clamei socorro ao mundo
que abandonou-me à própria sorte.

Mas, recuperei a vida, fui forte
e sepultei a morte num valo fundo.
Para dobrá-la, num exíguo segundo,
tive a força do Amor, meu consorte.

Fogo, a turba e o calvário transpus,
vi-me exangue, um Cristo na cruz
entre anjos e plêiades de satã.

Das cinzas me reergui novamente
só há futuro se houver o presente
de amor, fiz os castelos do amanhã!

Inácio Dantas
do livro ebook "Sonetos para Sempre"
www.amazon.com.br

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