Crástino
Só o fruto do amor
guarda a semente da eternidade!
Vi as túrgidas mãos da minha morte
empurrar-me num abismo profundo
ergui-me, clamei socorro ao mundo
que abandonou-me à própria sorte.
Mas, recuperei a vida, fui forte
e sepultei a morte num valo fundo.
Para dobrá-la, num exíguo segundo,
tive a força do Amor, meu consorte.
Fogo, a turba e o calvário transpus,
vi-me exangue, um Cristo na cruz
entre anjos e plêiades de satã.
Das cinzas me reergui novamente
só há futuro se houver o presente
de amor, fiz os castelos do amanhã!
Inácio Dantas
do livro ebook "Sonetos para
Sempre"
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